Motel Sensação,mas,só que de mal-estar
Eles dois haviam combinado de se encontrar
No metrô Tatuapé
E ele pensava que o horário certo das 3h00 da tarde estava em pé
Mas,ela havia de se atrasar
Ela chega
Tão atrasada
Fora da hora combinada
Tão delicada quanto manteiga
Ela lhe pede por perdão
E ele lhe diz
Meio infeliz
Está tudo bem então!
Ela uma pergunta lhe faz
Para onde você está me levando?
Ele lhe responde: Não fique,se preocupando!
Fique em paz!
Ele lhe pega na mão
E eles dois foram andando
Se apressando
Até a lotação
Onde,lá,no assento de trás
Eles riem à toa
Sobre a idade dela que panela velha que comida boa
Assim faz
Aí,assim,que eles descem na rua
Eles entraram num bar
E comem batatas-fritas sem parar
E ele lhe paga uma cerveja preferida sua
Aí,logo,em seguida,eles foram a um motel
Bem ao lado
Que faltava água quente encanado
Ela disse: Oh céu!
Consequentemente,eles foram à pé para outro motel chamado Sensação
Só que era de mal estar
Porque,dentro dos quartos,a chave da porta não queria fechar
Foi muita pressão
De lá, uma funcionária
Lhes questionou
Vocês estão nervosos? Parece que a porta emperrou
Aquela porta era tão ordinária
Porque,já pensou
Assim transar
Com uma porta que não quer fechar
Só se a pessoa a cabeça endoidou
Ela havia entrado naquele lugar
Com uma crise de tosse de alergia
E saiu de lá naquela mesma noite com alegria
Ambos rindo,de tudo que havia ocorrido,sem parar
No rádio não tinha nem canção
Naquela espelunca
Que lá,eles dois não haveriam de voltar nunca
Porque,esse motel sensação foi a mais pura decepção
De mal-estar.
Autor: Wilhans Lima Mickosz