Luar no horizonte
Distante, distante,
é a magnífica,
e bela Lua,
luzeiro,
em pleno ar.
Tinge a água,
alimenta o mar,
transborda a vida,
Selene de chifre bicorneo,
a dançar.
Afrodite,
de vestes púrpuras,
pelo movimento das águas,
se põe em ritmo,
e com seus amantes à se deitar.
A Lua despida,
Afrodite,
em ritmo de guerra,
tira suas roupas,
e de seu amante vem a rasgar.
Nyx estrelada,
põem as crianças para dormir,
Afrodite faz os adultos,
de noite,
em intimidade, brincar.
Eros com suas flechas tinge,
o peito dos homens,
e transforma seus corações,
em estrelas,
em amor palpitar.
Tudo se volta a Selene,
que na dança sabática,
chama Dioniso,
que vem alegre a dançar.
A natureza é viva,
o movimento cria,
e recria,
e eu ao ver a Lua,
sobre ela venho a pensar.
Lua, de vestes pratas,
douradas, escarlate,
ou escurecidas,
Selene é quem conquista a noite,
e ensina aos homens a sonhar.