A fúria da noite selvagem
Entre ruídos sonoros de um Blues*
Na lastima da noite já fotografada
Pela angustia nos olhos de alguém
Nem todos entendem essa boêmia
Com todas as tais nuanças e festins
Essa fúria da noite selvagem exala
O suor tão sensual de uma mulher
Que estar nua e crua e tão sensual
No êxtase de ser tão linda vil fêmea
Explicitamente erótica no seu libido
Contemplamo-nos com essa loucura
De ácida emoção que vem do coração
Dessa chama de um desejo tão carnal
Que corrói-nos tal fragilidade humana
De dores, das cores, das noites de orgia.
Nessas pulsações desses dias evasivos
Comprazo-me na solidão de tais sonhos
E nas virtudes de meus vis atos insanos
Insinuantemente perdido nas palavras
Busco fulgores desses algozes temores
De meus devaneios frios e melancólicos
Na maciez de corpos que seduz os olhos
Na noite que finda no eterno tal prazer...
Na sensualidade de mulheres sedutoras
Na liberdade de escolha em viver assim.
*Referência sobre o Blues, música de origem Afro-Americana de nítida influência sobre a moderna música popular contemporânea.
TEXTO DO LIVRO: SOLIDÃO POÉTICA
2 EDIÇÃO/2019.