A fúria da noite selvagem

Entre ruídos sonoros de um Blues*

Na lastima da noite já fotografada

Pela angustia nos olhos de alguém

Nem todos entendem essa boêmia

Com todas as tais nuanças e festins

Essa fúria da noite selvagem exala

O suor tão sensual de uma mulher

Que estar nua e crua e tão sensual

No êxtase de ser tão linda vil fêmea

Explicitamente erótica no seu libido

Contemplamo-nos com essa loucura

De ácida emoção que vem do coração

Dessa chama de um desejo tão carnal

Que corrói-nos tal fragilidade humana

De dores, das cores, das noites de orgia.

Nessas pulsações desses dias evasivos

Comprazo-me na solidão de tais sonhos

E nas virtudes de meus vis atos insanos

Insinuantemente perdido nas palavras

Busco fulgores desses algozes temores

De meus devaneios frios e melancólicos

Na maciez de corpos que seduz os olhos

Na noite que finda no eterno tal prazer...

Na sensualidade de mulheres sedutoras

Na liberdade de escolha em viver assim.

*Referência sobre o Blues, música de origem Afro-Americana de nítida influência sobre a moderna música popular contemporânea.

TEXTO DO LIVRO: SOLIDÃO POÉTICA

2 EDIÇÃO/2019.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 05/04/2022
Código do texto: T7488377
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