SOB O CINTURÃO DE ORION
Contraem-me as entranhas e a alma_ desejo-te!
Deságuo por ti como regatos que correm para o oceano.
As árvores dão flora, cantam passarinhos nas suas copas.
E eu, salivo pela natureza do teu corpo moreno, açaí.
Como a terra que se prepara para receber a semente
Preparo meu útero, invólucro, do teu prazer que me oferta prazer.
Realizo-me, quando da rudeza da vida deslembro,
E deslizo-me sobre tua pele suada, meu leito, me excito.
E quando o gozo chegar, natural e pungente,
Vamos observar o Cinturão de Orion, saciados, em silêncio.