Striptease
Cai a noite
Que chama o prazer
Sento-me na mesa bebericando minha cerveja
Esperando aparecer a dama do espetáculo
A música começa a tocar
Ela surge com sua indumentária
Chapéu, paletó, gravata, camisa e saia
E um cigarro na mão a fumar
Ela anda a passos largos
E começa a dançar
E é nesse momento sublime
Que começo neste baile a viajar
A dança continua
É o prelúdio da transformação
O paletó é aberto
A saia cai no chão
O show prossegue
O chapéu é arrancado
Com seus longos cabelos caindo como cascata
E o corpo de uma mulher aos poucos é revelado
A excitação aumenta
A transformação continua
O paletó é tirado
O público delira
A música segue com mais intensidade
A gravata é afrouxada
Vem a felicidade
A gravata é arrancada
Fico com inveja da gravata
Quando esta toca em seu corpo
Não é nenhuma bravata
E segue sua dança fascinante
Pra minha surpresa
Ela enlaça a gravata em mim
Sou sua presa
E gostaria de ficar assim
Vejo seu sorriso maroto
Quando seu rosto encosta no meu
Me sinto feliz igual a um garoto
A gravata é jogada
O clímax se aproxima
Na sua passarela a deusa pisa
Sinto o momento sublime
Agora só resta a camisa
Os botões são abertos
A camisa é arrancada
Surge um corpo feminino
É completa a transformação
A multidão grita seu nome como a uma deusa
O tributo é pago com satisfação
E de peito aberto ela se despede
Deixando-me com lembranças no coração
O sol aparece
É hora de voltar a rotina
Esperando a noite cair
Para ver novamente aquela menina
Com seu bailado de Salomé
Que me fascina