NAS ENTRANHAS DO TEU VERSO

Quando estou em frente as tuas entranhas, estranhas por acaso o quanto me apraz se estás diante de mim?

Atrais para ti esse pirilampo que de corpo tão ereto;

discreto, mas todo insano, o isopropano não é tão volátil quanto o pensamento que me apego;

na busca da palavra solta que me alimento e da semente, todo dia rego.

Nego a filosofia dos anjos caídos;

porque por pena dos perdidos;

a minha pena não escreve a ideia Santa que rebusco.

A que custo...?

Custo a entender a tabela periódica que periodicamente possa perceber os meus sentidos;

Entretido, pra que dar ouvidos àqueles insensatos?

Que saco...!

É fato que não tenho a mínima ideia o que seja o isopropeno ou isopreno;

mas pelo menos, sei muito bem o que falo, quando o falo se transforma num cateto, e perpendicularmente junto atua na tua hipotenusa.

Acusas-me... Então porque não acudas?

Ajudas, quase sempre preciso;

porque de tão impreciso, impressionante é a lista dos meus apegos...

Meus dedos, inchados de tanto enalapril...

onde já se viu? não gosto de falar palavrão, fora da hora profana;

mas só tu sabes o quanto me ganhas;

quando no teu verso me acompanhas.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

04/12/21

Petrus
Enviado por Petrus em 05/12/2021
Reeditado em 05/12/2021
Código do texto: T7400528
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