Fome
Sôfrego na tua boca…nos teus gritos e no cheiro do teu cabelo,
ando pelas ruelas da vontade cheirando a fêmea de cima a baixo,
nos rastros da noite que busco de dia o som líquido da volatilidade.
Vivo faminto da tua irresistibilidade das tuas mãos impetuosas
tenho fome da sentir a carne rasgar sob os orgasmos das tuas unhas…
Instintos predatórios querem comer a tua pele húmida como uma amêndoa
campestre onde lambo as sombras fugazes das tuas mais intensas fantasias…
Faminto farejo-te no crepúsculo dos gritos ardentes da fome de ti…
Vês estas mãos? Esculpem a terra húmida dois teus ais fazendo a paz e a guerra
encurtando distâncias entre todos os mares e rios quando te percorrem
saciando a fome…a saudade…a paixão e principalmente… a verdade.