A Fúria das marés
Agora que nossos corpos são marés em fúria,
Calema sem rumo navegável no Cabo das tormentas
onde os corpos respondem ao borbulhar lácteo
ás urgentes perguntas que o desejo afoga na carne
quente de audazes correntezas incontroláveis…
Deixa-me submergir no teu tesão de levadia…
Assim!
Perde-se a razão e o juízo por desejá-la tanto…
Deixa-me saborear o teu sal sem temperança alguma
na ponta na língua do Fénix de Fogo esfomeado...
A tempestade de prazer explode nos nossos molhes
onde não pode haver calmaria entre nossos corpos...
Ouvir de novo a tua voz gemendo como o canto da sereia
mata-me a sede com água salgada entre tuas pernas…