Será que volto a ver-te?
Foi enrolada em mim que amanheceste
Exausta na nuvem em que te amei…
Idolatrada amante pelo prazer que deste
Foi no nos teus recantos luxuriosos que gozei.
Pelos ecos dos desejos poéticos onde gemeste
Encarnaste selvagemente o cálido fulgor,
a virgem jurou as regras que escreveste
Com sensualidade parida pelo teu amor.
“Amo-te! “Foi nas dobras do lençol que me disseste…
“Também te amo…” Foi o que respondi quando te beijei...
Foram personagens eróticos pintados a aguarela
onde minhas mãos teus seios lambidos…pintaram...
Beijei …amei…gozei…em asa solta e paralela!!!,
Gritamos de prazer… uivamos enlouquecidos sem dor…
Voamos….mergulhamos…navegamos…os lábios se amaram ,
Com febre …de orais sequestradores do nosso amor…
Por todo o prazer que sinto e me deste,
Acorrento-me a ti…fundindo a chave onde não me lembrarei,
No fundo do mar ou no alto da montanha mais agreste …
Vamos guardar o majestoso orgasmo onde fui Rei ,
Guardando as lembranças gemidas para que duvida não reste …
Dessa noite esculpida no mais verdadeiro amor…
Vou correndo talhar no virgem tronco do velho cipreste,
teu nome em letras suadas de tesão…prazer e amor!
Será que volto a ver-te?
Claro que sim…estás entranhada em todos os poros que há em mim!