Viajante da noite
Sou a viajora que espreita a noite
O luzir da estrela
Enquanto a cidade dorme
E descansa a madrugada.
É quando alguma música
Faz com que se amem os amantes
Com seus cansaços, corpos salinos
Em lençóis amassados da batalha.
Sou a viajora de um caminho
Mesmo ao sentir-me “aislada”
Quando sonho acordada.
Serei viajora
Sempre que houver madrugada
E a última luz – trêmula e febril –
Me fizer voar, me fizer alada.