Meu delírio
Em meu delírio estás disponível a minhas vontades.
Não és somente fantasia e formalidade.
Não te escondes sob carimbos e receitas.
Nem ocultas teus olhares sob os óculos.
Em meu delírio tuas coxas - lapidadas sobre a magrela - me provocam.
Sou tua mendiga esperando a esmola de notar-me.
Toco teus lábios com minha boca úmida e farta,
Percorro teu corpo com minhas mãos vagarosas e tímidas.
És um soneto sobre cuidados e carinhos,
Tens o sorriso mais luminoso que muitos sóis.
Em meu delírio não ultrapasso muitas barreiras,
Apenas oferto o meu toque a teus ais.