Do lado que me deito
Perco-me em teus vãos estreitos
Encontro-te no lado que me deito
Extasio-me de ti com intensa verdade
Embora perceba um poço de maldade
Não desejo ter-te em soberba ou vaidade
Basta-me ver-te tal qual flor em latejo
Suspiros ofegantes em sentir meus beijos
Por todo teu corpo em plena liberdade
Não temo castigo nem quero piedade
Só aspiro sentir o calor dos teu seios
Sonhando acordado nesta realidade
Que os meus anseios não te sejam alheios
E que minha fome seja tua vontade
Que me queira sempre em teus íntimos meios...
Recife, 06 de maio de 2012