CORPO
(Sócrates Di Lima)
No teu corpo eu planto a fantasia,
Imanto a alma do desejo infindo,
Trago nos lábios a doce poesia,
Para desfolhar tua alma no prazer sorrindo.
Desfio o desejo no sussurro canto,
Tecendo o querer que a vontade pede,
Escorre no corpo o licor santo,
A bebida sagrada que o amor cede.
E as mãos que correm a face,
Acariciam o tempo do amor divino,
Deixa fluir o êxtase sem disfarce,
No corpo de homem na vontade menino.
Abraço a noite que teu corpo cria,,
Na passarela do meu fogoso ninho,
Faz a fagulha de uma noite fria,
Queimar o corpo de tanto carinho.
E a boca seca na vontade em vinho,
De lábio em lábio embriagando a sede,
Explode em gotas espalhada no ninho,
O amor extremo que nunca se mede.