Metáforas a uma quimera
Ao longe vejo um sonho que espera
o sono que a noite me negou!
E mesmo acordado, como estou,
ainda sou refém de uma quimera:
A flor da mais antiga primavera
que o tempo cultivou no seu sorriso,
que me inebria a alma e o siso,
ainda mais vermelha do que era.
A flor que se abriu sob os lençóis
quando a paixão enfim falou por nós
e a noite acolheu nossos anseios.
A flor que fecha a porta do seu ventre
à espera que meu sonho um dia entre,
ou morra, ao relento, nos seus seios.
Ao longe vejo um sonho que espera
o sono que a noite me negou!
E mesmo acordado, como estou,
ainda sou refém de uma quimera:
A flor da mais antiga primavera
que o tempo cultivou no seu sorriso,
que me inebria a alma e o siso,
ainda mais vermelha do que era.
A flor que se abriu sob os lençóis
quando a paixão enfim falou por nós
e a noite acolheu nossos anseios.
A flor que fecha a porta do seu ventre
à espera que meu sonho um dia entre,
ou morra, ao relento, nos seus seios.