Stella Caliente
Ela era quem bem queria ser
A Stella era ela
Sem frescura
Muito crua
A estrela impura do céu negro
Perdida em seus devaneios
Procurava em outros nomes
E em outros homens
Aquilo que ela queria
Poderosa era a Stella
Com uma fúria de desejos
Ela os despia
Com sua voz fatal ela logo os engolia
Os pervertia em seu prazer
Seduzidos por um furacão
Ela os induzia
E com eles fazia
Pervertia
Pervertiam-se
Vertiginosos fazeres
Obscuros prazeres
Deles ela arrancava
A Stella das noites de luxúria
Gata no cio
Loba voraz
E ela os devorava enquanto eles a comiam
Ela era a dona da situação
Coitados deles que pensavam que a ela comiam...
A Stella "caliente"
Doce leite bebia
Aguinha quente vertia
E eles lambiam
E ela ardia
Cadela era a Stella
Que nas noites claras e escura saía
Com seus seios fartos ela os atraía
Deitada em sua cama com sua voz rouca
A loba gemia
Se contorcia
Aquela mulher louca
Sabia o que fazia
Do outro lado eles enlouqueciam
Pela Stella vadia
Que propositalmente os consumia
Lhes fazia morrer de prazer
Longas horas de muita orgia
Eles nem sabiam
Que tinha uma Stella voraz
Poço de ousadia
Que de noite fazia seus sonhos realizar
E como eles gritava pela cachorra
Que os deixava por trás
Eles todos lhes socar
Que maliciosamente sorvia
O leite quentinho que deles vertia
Poderosa era ela
A Stella nua
Toda crua
Feita na rua
Ser inteiramente sua
Stella vadia
Stella de todos
Stella do povo
Stella desejada
Stella descarada
Stella que gostava do que fazia
Ela era livre
Era da lida
Era da vida
E gostava de dar
E de mostrar
E de enlouquecer
Com seu imenso poder
Com tudo isso
A Stella só queria ser apenas uma vadia
E ser vadia muito valia
Muito prazer e sacanagem ela sempre teria...