ATREVIDA
Um pouco de mim quer embriagar-se
quer fugir pra bem longe e não mais voltar
correr pelos campos, colher margaridas
andar à cavalo fugir dos problemas
Um pouco de mim não quer compromisso
quer viver sozinho, nada de amor ou carinho
o que sou já me basta
Mas esse pouco é tão pouco
que não soma, subtrai
e o que me multiplica
é meu tanto voraz
E esse tanto de mim já me quer prisioneira
não me deixa em paz
cutucando a mente
me dizendo que só não serei tão feliz
e procura os problemas
e me deixa aflita
E com isso me rasgo
E me viro do avesso
E me embaralho
Até fujo de mim
É um vou e não vou
É um fico ou não fico
Uma coisa que mexe e remexe comigo
E tudo se mistura
E eu busco o equilíbrio
Mas esse furacão
que dentro de mim
vive em constante ebulição
me impulsiona pra vida
me fazendo assim o que sou:
Uma mulher atrevida!