A loba

Tem dias que ela tá calma... Mansa... Dócil...

Facilmente saciável!

Se contenta com pouco... Um carinho qualquer...

Um olhar amável.

Mas tem dias que ela grita... Uiva... Eu ouço!

E seu lamento é triste... Urgente!

Quer correr livre pelos campos... Só o vento no pescoço!

E seguir o seu instinto... Quente!

Numa luta inglória que é antiga... Interna!

Que se repete sempre intensa... Igual!

Ninguém foge dessa luta que instiga... Eterna!

Nem mesmo a loba já cativa... Social.

Quando a lua chama ela se agita... Sua... Treme!

E se um elo da corrente estiver fraco...

Ela simplesmente se liberta e vai embora... Não teme!

Mas, se os elos forem fortes, a loba fica... Um trapo!

E aos poucos se aquieta... Deita... E dorme!

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 22/11/2020
Reeditado em 02/12/2020
Código do texto: T7118252
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