A loba
Tem dias que ela tá calma... Mansa... Dócil...
Facilmente saciável!
Se contenta com pouco... Um carinho qualquer...
Um olhar amável.
Mas tem dias que ela grita... Uiva... Eu ouço!
E seu lamento é triste... Urgente!
Quer correr livre pelos campos... Só o vento no pescoço!
E seguir o seu instinto... Quente!
Numa luta inglória que é antiga... Interna!
Que se repete sempre intensa... Igual!
Ninguém foge dessa luta que instiga... Eterna!
Nem mesmo a loba já cativa... Social.
Quando a lua chama ela se agita... Sua... Treme!
E se um elo da corrente estiver fraco...
Ela simplesmente se liberta e vai embora... Não teme!
Mas, se os elos forem fortes, a loba fica... Um trapo!
E aos poucos se aquieta... Deita... E dorme!
Adriribeiro/@adri.poesias