DESEJO QUASE ERÓTICO
(Sócrates Di Lima)

Caminhava absolto
pelo caminho da minha vida,
De repente
senti um calafrio,
Parei,
fechei os olhos e senti....
um louco desejo a deslizar pelo corpo,
Umedecer minha alma.,
Tomar conta de mim.
Suavemente
Era ela,
acariciou-me sem pedir licença,
Tomou-me de subto,
Possuiu-me por inteiro.
Suspirei profundo,
Soltei-me...
Deixei-me ser levado naquele instante.
Meu corpo tremia,
Meu coração quase sufocado
soltou um grito de alerta,
Havia um êxtase!
Ali estático deixei-me ser dominado,
Sem movimentos,
perdi minhas forças,
Ela me abraçou...
Meus lábios que estavam ressecados,
Umedeceram...
Como se tivesse recebido
um cálice de vinho,
E este vinho derramado
pelo meu corpo todo,
Acariciado por uma língua
despudorada e em transe,
 Mãos suave me tocando
milimetricamente,
E como uma onde de desejos,
Envolvia meu corpo sedento...
Implorando...
- Vem.....
me toma,
me domina,
me possua....
Arranquei as vestes talares,
E nu fiquei...
Ergui as mãos para o céu,
E implorei...
senti um desejo quase erótico...
Era o que eu precisava,
Era o que eu queria sentir
naquele momento.
E no meu corpo
de quase trinta e cinco graus centígrados,
me deixou extremamente excitado,
sob a agua fina do chuveiro
caricias mil.
E eu amei aquela delicioso momento
como uma chuva fina...
quase garoa.,
Que me tomou de subto
como se fosse a mulher
que eu tanto espero...
...que eu tanto desejo,
e num som de trovão,
meu coração pulsou,
e de subto,
acordei.