O último eclipse.
Lembra-se da minha pele roçar os lençóis ?
Meu corpo nú
Deitada ao teu deslumbre ?
Meus dedos a acariciar-me ao teu deleite
Criei nosso mundo pra tornarmos num só.
"Vem, cá, vem..."- dizia tua boca com as
Palavras adocicadas de mel.
Corri deslizando em ti, sim!
Ao te tocar, tocaste-me fundo
Éramos uma fantasia delirante!
No brando alarido o corpo gemia você
Ressoava baixinho: "te amo" !
Ah, como é bom de se ouvir!
Tão bom escutar esta tua voz
Punhal penetrante na min'alma
Acoplada em teu colo.
A paixão a palpitar !
Completude!
Aquela turva noite de lua anunciava antes da
Chegada de uma longa partida
O último alvorecer da aurora boreal
Nosso gozo.
Nosso último eclipse, amor !