DALILA ( ITABUNA, 20 /11/73)

-- Cindira, tudo faria:Seria santo,

Se tu fosses anjo!

Mas nao. Me enganara tanto!

Eras crudelissimo arcanjo!

Como fora louco!A brisa errante,

Quis ganhar um beijo da viração,

O simum verdejante,

Crestou-me os sonhos-- perdição!

Buscava luzes, simples mariposa,

Ceguei-me entretanto,

Na luz de um falso astro, que repousa

Na mentira, no ludibrio de encanto!

Como me enganei. Nao eras anjo!

Eras Dalila, a me falsear,

E eu, aquele que tocaca o banjo

Da inocência, ao em ti, acreditar!