Era uma vez
Invente para mim, meu amor,
uma história bem fantasiosa,
daquelas que me deixam
na expectativa e curiosa
e estimulam o meu imaginar.
Comece contando que agora
somos personagens
de fantásticos contos,
onde bailam sapos e pombos,
ora no charco, ora no ar.
E que durante à noite,
entidades em campo
rastreiam bruxas e pirilampos
impedindo o mal de entrar.
Conte pra mim que somos
Gnomos, anjos ou demônios
ávidos pelo encontro,
com liberdade para amar.
Bebendo, no cálice, a saliva,
moldando a boca na mordida
saboreando o gosto de experimentar.
Sussurre, meu amor,
bem próximo ao meu ouvido
futuros acontecidos
no tempo de amar.
Conte pra mim que somos seres em gomos,
cítricos-ácidos em pedaços:
goma-de-mascar.
Alimente minha fantasia e prometa
que o vento que te trouxe nunca há de te levar.