Sobre seu corpo nu
Sobre seu corpo nu
Quero deixar as minhas marcas,
Deixá-lo suado com fragrâncias,
Sobre seu corpo nu...
Quero afagar-te com toda envolvência,
Exaurir toda a tristeza e perfumar- te com a forte essência,
Nossos poros, comunicando-se em suores,
Num ambiente entre cores,
Sangue quente escorrendo nas veias
Ao ritmo de nossa adrenalina,
Minha ousadia, sua ousadia de fêmea,
No cio das nossas aventuras,
Correspondendo os estágios de loucuras,
Por sedes de vontades exacerbadas,
Nossas almas coradas, famintas,
Na infinita sede dos nossos beijos,
Suas mãos atrevidas, meus dedos malandros,
Por e entre os seus meios,
Nos fins dos nossos prazeres,
Presos em convulsões e gemidos,
Hipnotizados pelos sentidos,
Sobre seu corpo nu...
Deixei-me viajar, mapeando todas as áreas.
Descobrindo a geografia do seu ser,
Em suas entranhas,
Explorar para encontrar a preciosidade tesouro,
Entre as regiões húmidas,
E exalando o elixir da deusa de África,
Naveguei com a língua,
Descobrindo os sabores,
Na inspeção dos dedos...
Escalar dos seus desejos,
Enquanto percorrias o meu mastro,
Com a santidade da sua língua molhada,
Deixando dura a bandeira,
No ápice da volúpia que nos definia,
Seu rosto esbanjava beleza,
Sua libido com tamanha clareza,
No envolver dessa vontade,
Preenchendo todos os espaços da saudade,
sobre seu corpo nu...
Entre gritos longos, sussurros,
Como musicas nos ouvidos,
Para domar os meus selvagens desejos famintos,
Te expressavas com a beleza de Ísis,
O paraíso vi em suas Iris,
Quando com seus lábios cantavas tão suaves melodias,
Exaltando a magia de Afrodite,
Para o nascer cada vez da nossa apetite,
Deixando-me de novo beber da sua fenda,
As águas termais,
Preenchida de ais,
Afogando-me mais e mais
Sobre seu corpo nu...
Tecerei as poesias sagradas,
De ébano da minha pele castanha,
Na humidade de seus lençóis,
Na ardência de nossos sóis,
Cheiro forte cio da paixão,
Profanos momentos de excitação,
Na magistral escrita de nós,
Sem dar espaços para o silêncio sem voz,
Declamarei em seus seios com fervor,
Penetrando os seus mistérios,
Na secreta gruta...
Com o ímpeto dos movimentos sensuais,
Na dança do jogo de cinturas,
Até perdemos os medos, e ganhar tonturas,
Até ao derramar da essência que nos envenena,
Mas, que por fim é a porção que nos cura,
Ao êxtase dos nossos delírios,
Onde a sua flor, realça a beleza dos seus conjuntos de lábios,
Inocente menina, safada mulher,
Que faz perder a razão dos sábios,
Em sua forma virgem de prazer,
Na sua forma de puta mulher,
Despida de tabus na entrega sem pudores,
Decifrada em versos únicos,
Na poética das nossas malícias,
Ao nos definirmos sem temer o amanhã,
Deleitei-me Sobre seu corpo nu,
Em sucessivos orgasmos (....)
(M&M)