Extasiados
Dois corpos solitários – a amada e eu
Duas vidas, ali, sobre a cama
Nós dois – duas almas
Corações envoltos na penumbra
E o tempo fugaz, apressado ele se esvai
Corre, foge
A chuva cai – no telhado os ruídos das águas
Amada e eu, solitários – na sombria noite
Nos amando, perdidos, extasiados
Prazeres extremos
Amada, de excitantes coxas
Suaves lábios
A abraçar-me
Beijar-me o pescoço
Nós dois, embriagados de amores
E chove.