Felina
Eu prefiro sem pijama,
Deitada na minha cama,
Fingindo, fazendo drama,
Quando sussurra que me ama,
E eu peço, me engana,
Vem pra ser a minha dama,
Minha Shiva, eu seu Brhama,
Estrela da minha fama,
Paraíso em cabana,
Ou aqui ou em Havana,
Gozo da vida profana.
Da Vinci da Monalisa,
Eu pintor renascentista,
Na tua tela, minha tinta,
Pinceladas que arrepiam.
Camufla o teu prazer,
Faz o riso se esconder,
Faz o ar entorpecer,
E o mistério acontecer.
Água, represada transborda
Basta abrir sua comporta,
Faz produzir energia.
O meu corpo se ilumina,
Revigora minha vida,
Tendo a sua introduzida,
Vem por baixo ou por cima,
Vem selvagem, vem felina,
Sou sua presa, me domina,
Me devora, vem faminta.