LOUCA DE PEDRA
(Sócrates Di Lima)
Quando comigo estais
Seu corpo tremulo,
pede, implora amor,
O desejo inflama,
chama,
Faz suor,
revira-se na cama.
Meu corpo pede o teu,
na volúpia do teu olhar,
e ao se encontrar com o meu,
Insanamente vai te usar,
Meu querer me queima,
Na vontade de ti,
Vens aqui...
que eu te desnudo,
transmudo
em loucura santa.
tomo...
como fruta te sacio,
devoro,
Vem aqui,
Que eu tomo-te o beijo,
Arranco tuas vestes,
dispo-te em Lua,
doce loucura,
Fome de amor...
extremas fissuras,
Convulsões de ternuras,
No corpo em ardor,
Vem
que minha insanidade é tanta,
E o meu querer se agiganta,
Em te querer as portas abertas,
talvez em lençóis brancos de rosas,
em bocas secas de vinho,
para viver em ti como louco,
selvagem homem poeta,
pois, na certa,
em mim,
Tu me queres também...
assim,
Louca de pedra.