ÉS O LIVRO DA VIDA

A poesia que os teus corpos escondem

Na poeira que o tempo arrasta

É minha cosmovisão, inspiração também

É lua, é sol, é mar que me casta

Ao ver, na outra minha margem, teus holofotes

Prenúncio de nossa primeira viagem celeste

Cãibra tatiniza a minha voz, músculos fortes

Dormem em desespero que se veste

Com a tinta que derretem teus lábios, minhas vestes...

Assim que o sol me reluzir, Hortelã, a tua estrutura

O néctar da tua pele à volta da tua fina cintura

Com os meus dedos sobrepôr-te movimentos circulares

Com a minha guitarra tocar-te, com toques díspares

Sabê-lo-ei que cristalizados teus seios

Têm reflexos de prosperidade, pois meus poemas

Canonizados num tom peditório, com remercreios

Dizem tudo, menos que tuas mãos me são problemas.

Saurimo, 15/07/2020

Salvador de Jesus Ximbulikha
Enviado por Salvador de Jesus Ximbulikha em 15/07/2020
Código do texto: T7006290
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