Das tuas vestes nada desejo
Pois o ensejo que tem valia
É a tua forma feminina
Um ensaio sobre teu corpo, anseia o amante
Despir peça a peça é a cadência
De quem compõe uma melodia
E o ritmo aferido
São os sons dos teus gemidos.
Querer-te nua para afagá-la
Assim tatear suas partes como quem toca a seda
É o ápice da conquista que se almeja
O pudor não faz parte deste momento
Tampouco a boca, só aspira o beijo.
Não apagar a luz na madrugada
Deixando claro o que fizermos de envolvente
E nas variações do coito
Quando seu sexo for transpassado
Feche os olhos e suspire
Sinta o prazer e delire.
Ensaie todas as posições
Que cobice as curvas e linhas
Da sua anatomia
E deixe fluir o que seu corpo exigir
Perca o fôlego
De variáveis maneiras
E em um ensaio sobre teu corpo
Amar-te a noite inteira