ERA APENAS UM SONHO
Entre caricias e beijos deslumbrávamos:
Aos amanheceres orvalhados e aos
Entardeceres bordados com fios de ouro
Dos raios de sol que vagarosamente
Descia no Horizonte, na agonia do dia.
Suas mãos viajavam por todo meu corpo,
Em uma aventura eletrizante, explorando
Cada parte, até chegarem ao limiar de minhas
Coxas, e prosseguiam rumo ao seu destino.
Todas as noites, sob o cintilar das estrelas
Ou ao clarão da lua, explosões de orgasmos,
Contínuos, deixavam nossos corpos banhados
De suor e languidos, e os nossos Risos eram
Eflorescências de várias primaveras.
As gotas de suor de nossos corpos fundiam—se
Resultando em oásis semeados nos desertos
Da solidão; éramos dois corpos nus
Entrelaçando-se sobre alvos lençóis De cetins:
Tornando-se plenos quais que divinais.
Sua boca ia ao encontro de minha boca e duas
Línguas entrelaçavam-se enlouquecidas de desejos...
Estávamos ali, Dois amantes desejosos
Em parar o tempo e permitir que o infinito
Tocasse-nos, e cariciasse nossos rostos
Tornando-nos mais felizes, infinitamente,
E pétreo tornasse o amor que nos fundia.
Éramos duas almas tornando-se um
Enredo de uma linda odisseia do amor.
E daquela inebriante sedução fui despertada...
Que pena! Ainda assim, deslumbrei ao futuro
Sem medo de viver o presente com você.