ERA APENAS UM SONHO

Entre caricias e beijos deslumbrávamos:

Aos amanheceres orvalhados e aos

Entardeceres bordados com fios de ouro

Dos raios de sol que vagarosamente

Descia no Horizonte, na agonia do dia.

Suas mãos viajavam por todo meu corpo,

Em uma aventura eletrizante, explorando

Cada parte, até chegarem ao limiar de minhas

Coxas, e prosseguiam rumo ao seu destino.

Todas as noites, sob o cintilar das estrelas

Ou ao clarão da lua, explosões de orgasmos,

Contínuos, deixavam nossos corpos banhados

De suor e languidos, e os nossos Risos eram

Eflorescências de várias primaveras.

As gotas de suor de nossos corpos fundiam—se

Resultando em oásis semeados nos desertos

Da solidão; éramos dois corpos nus

Entrelaçando-se sobre alvos lençóis De cetins:

Tornando-se plenos quais que divinais.

Sua boca ia ao encontro de minha boca e duas

Línguas entrelaçavam-se enlouquecidas de desejos...

Estávamos ali, Dois amantes desejosos

Em parar o tempo e permitir que o infinito

Tocasse-nos, e cariciasse nossos rostos

Tornando-nos mais felizes, infinitamente,

E pétreo tornasse o amor que nos fundia.

Éramos duas almas tornando-se um

Enredo de uma linda odisseia do amor.

E daquela inebriante sedução fui despertada...

Que pena! Ainda assim, deslumbrei ao futuro

Sem medo de viver o presente com você.

VALDA FOGAÇA
Enviado por VALDA FOGAÇA em 28/06/2020
Reeditado em 22/05/2023
Código do texto: T6990033
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