As mãos do pecado
Olho atentamente minhas mãos
observando nos sinais, a dureza da terra.
Contudo, sinto ecos que nascem entre dedos…
Quentes, húmidos e repletos de cheiro a pecado.
Levo até elas a minha boca que dedilha o ar
que respiro ofegantemente na cegueira louca
abandonada pelos beijos inocentes e sem sexo…
Nas mesmas mãos onde o amor confiou o prazer.
Se um dia forem apenas trémulas lembranças
onde o prazer percorreu as quatro estações
onde penetram em forma de loucura e tesão.
Não as esqueças…foram igualmente amor ….
Hoje ainda cheiram ao indiscritível poder do teu orgasmo.
Hoje ainda fazem parte do puro pecado na tua pele.