As mãos do pecado

Olho atentamente minhas mãos

observando nos sinais, a dureza da terra.

Contudo, sinto ecos que nascem entre dedos…

Quentes, húmidos e repletos de cheiro a pecado.

Levo até elas a minha boca que dedilha o ar

que respiro ofegantemente na cegueira louca

abandonada pelos beijos inocentes e sem sexo…

Nas mesmas mãos onde o amor confiou o prazer.

Se um dia forem apenas trémulas lembranças

onde o prazer percorreu as quatro estações

onde penetram em forma de loucura e tesão.

Não as esqueças…foram igualmente amor ….

Hoje ainda cheiram ao indiscritível poder do teu orgasmo.

Hoje ainda fazem parte do puro pecado na tua pele.

Sessenta e Nove Sugestões Poeticas
Enviado por Sessenta e Nove Sugestões Poeticas em 22/06/2020
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