SEU CORPO, MEU TEMPLO
(Sócrates Di Lima)
Seu corpo é meu tempo,
Onde me ajoelho entre o travesseiro e ele,
e entre suas pernas me contemplo,
Curvo-me em deleite, como se eu fosse dele.
Seu corpo de menina,
Num corpo de mulher,
Cada detalhe me fascina,
Do jeito que meu desejo quer.
Na sua boca me acabo,
Em beijos selvagens e afoitos,
Seu beijo de mim da cabo,
No êxtase dos nossos coitos.
Pra você eu sou um tudo,
E você pra mim hoje também é,
Nossos desejos sobrepõe, contudo,
No amor eu tenho fé.
E o seu prazer é fogo em pavio,
Seu suor se mistura na minha pele,
Se contorce feito uma gata no cio
E faz-me gemer sem nenhuma dor que me sele.
Ah! minha senhorinha,
Que hoje é dona da minha poesia,
Também é dona da saudade minha,
Também do meu louco orgasmo, Maria!