Cavalgue-me

Cavalgue-me!

Arde, brasa, pimenta malagueta!

íntimo desejo pelos olhos vaza

mas só o percebo de soslaio.

Lacaio dos sentidos me quedo...

Soa a trombeta, rugem as feras;

a casa cai, já não há mais segredos,

nada invisível, tudo permitido.

Toma! Entrego, então, os pontos...

Quem dera pudesse esconder

por toda vida, eternamente,

essa ânsia de ter-te comigo:

Continuaria forte e imbatível...

Mas, trai-me a mente incauta,

impiedosamente ela me expõe.

A noite se esvai, é quase dia:

E todo desejo vem à tona!

Salte sobre mim de qualquer jeito,

puxe, comande as rédeas levemente...

Encoste seus peitos em minha crina,

cavalgue-me, seja minha amazona!..

Este poema faz parte do livro "Serenas Provocações" - Expedito G. Dias - Profex/Cia do E-book/2015

Profex
Enviado por Profex em 13/02/2020
Código do texto: T6865558
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