BALADA DESINIBIDA
BALADA DESINIBIDA
É boa! De comer co'os olhos.
Enquanto passa pela rua.
Só de a ver a imagino nua:
Linda sereia sobre abrolhos…
Ela faz que não vê que é vista
E finge que não sabe que eu sei
D'essa aura de rainha sem rei.
Por onde anda, de si artista,
Bocas e olhos se abrem ao vê-la
Ao prazer que insinua a bela.
Insinuante -- a ver sem mostrar --
Eis que define a linda jovem.
Sim, as suas pernas se movem,
Mas tudo para para a olhar
Uma veste clara e esvoaçante
Que mal deixa ver seu umbigo
E que, entretanto, mais persigo
Junto co'a turba delirante...
Bocas e olhos se abrem ao vê-la
Ao prazer que insinua a bela.
De facto, sou mais um que admira...
Não me vê nem quer ver quem sou.
Meus olhos consigo levou,
Deixando uma bela mentira
De amor e prazer à beleza
Que agora ilumina esta tarde
Feito sol que à minha pele arde,
Deixando a vontade indefesa...
Bocas e olhos se abrem ao vê-la
Ao prazer que insinua a bela!
Causando alvoroço, ela passa
E todos rende à sua graça:
Bocas e olhos se abrem ao vê-la
Ao prazer que insinua a bela.
Betim - 18 09 2015