Meu grande Rito

Duas almas sedentas, dançando

despidas ao som de gemidos.

Olhos, portais que levam-nos

a um mundo mistico de prazer.

Dentro de mim tocas meu intimo

e encontras meu EU.

Entre urros e delírios o suor escorre

por nossos corpos.

Dois animais selvagens no meio da floresta, se

arranhando e uivando para lua, se

encarando e mordendo-se sob a luz das estrelas.

Sem pudores, sem vergonhas, livres como

dois deuses antigos, o Sol e a Lua, dia e noite.

Criando suas próprias regras, vivendo

em um mundo só nosso.

Dentro das sombras um

silêncio gritante, estamos calados

falando sobre nossos medos.

Somos só nós, dançando e contorcendo-se

em um grande rito pagão.

Luiz Eduardo Lopes
Enviado por Luiz Eduardo Lopes em 24/01/2020
Reeditado em 21/03/2020
Código do texto: T6849717
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