Meu grande Rito
Duas almas sedentas, dançando
despidas ao som de gemidos.
Olhos, portais que levam-nos
a um mundo mistico de prazer.
Dentro de mim tocas meu intimo
e encontras meu EU.
Entre urros e delírios o suor escorre
por nossos corpos.
Dois animais selvagens no meio da floresta, se
arranhando e uivando para lua, se
encarando e mordendo-se sob a luz das estrelas.
Sem pudores, sem vergonhas, livres como
dois deuses antigos, o Sol e a Lua, dia e noite.
Criando suas próprias regras, vivendo
em um mundo só nosso.
Dentro das sombras um
silêncio gritante, estamos calados
falando sobre nossos medos.
Somos só nós, dançando e contorcendo-se
em um grande rito pagão.