Labirinto entre o Cheiro e o Ventre
Adoro guarda-te em minhas entranhas
e isso faz meu corpo delirar
Mente, braços, olhos
Músculos e saliva
Coisa feita, coisa dita
Adoro as costas mornas
As coxas lisas
O labirinto entre o cheiro e o ventre
E guardo sem receio, a necessidade,
pois, É única agora de mim
E como agradar-te para que a tua, seja a única de te?
Despejo esse desejo
Abraço, beijo
entre os dentes
Corpo, alma, pele latente
Meio inteiro, metade quente
Lábios, dedos e cortejo
Como se nada amanhã, fosse existir
Para que tudo que se tem completo agora,
Não se fosse capaz de dividir
antes do cheiro,
antes do sono,
antes da noite sucumbir
salvador.ba | 2012
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