Labirinto entre o Cheiro e o Ventre

Adoro guarda-te em minhas entranhas

e isso faz meu corpo delirar

Mente, braços, olhos

Músculos e saliva

Coisa feita, coisa dita

Adoro as costas mornas

As coxas lisas

O labirinto entre o cheiro e o ventre

E guardo sem receio, a necessidade,

pois, É única agora de mim

E como agradar-te para que a tua, seja a única de te?

Despejo esse desejo

Abraço, beijo

entre os dentes

Corpo, alma, pele latente

Meio inteiro, metade quente

Lábios, dedos e cortejo

Como se nada amanhã, fosse existir

Para que tudo que se tem completo agora,

Não se fosse capaz de dividir

antes do cheiro,

antes do sono,

antes da noite sucumbir

salvador.ba | 2012

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Rinaldo Santo
Enviado por Rinaldo Santo em 04/12/2019
Código do texto: T6810714
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