Cantares!
Teus gritos
Deixaram-me lânguido
Com o corpo lanhado
E um suspiro dado.
Por isso, ao deixar em ti
A alma, desfaleci.
Vi, num relance, teus lábios
Secos e satisfeitos,
Dizerem: Amei tua alma.
Relanceei o olhar e disse: Calma.
Ora, não tiveste, senão te jogares
Para eu gritar: Amo-te , ó Cantares!
Portanto, corpos numa escultura
Esculpidos pela formosura
Do langor da carne
E pelo suor do charme,
São obras da paixão
Que se vê nessa agitação.