Doce
Há uma canção,
Toma corpo, toma mente, toma alma
Torna terna, indo com calma,
Lembranças boas, fascinação.
Transformação.
Olhos fechados, ou arregalados,
Mudava o estado conforme o tato
Intenso e raso, eram alterados,
Dominação.
De corpo, de mente,
Ahhh, nostalgia.
Castanhos olhos, cabelos longos,
Riso modesto, me acendia.
Lembro dos lábios beijando os lábios,
Eufórica, esquecia o mundo,
Me mordia.
Poros jorrando,
Encharcam bancos,
Um pé, uma marca,
Um para-brisa.
Zíper dourado, vestido preto,
Timidez contradiz a ousadia.
Lembro vaidades,
Recordo à tempos as fantasias.
As vontades.
Saudades.
Queria hoje, que me encontrasse, pela cidade
E o desabrochar dessa lembrança
Sem pestanejo, repetiria.