Doce

Há uma canção,

Toma corpo, toma mente, toma alma

Torna terna, indo com calma,

Lembranças boas, fascinação.

Transformação.

Olhos fechados, ou arregalados,

Mudava o estado conforme o tato

Intenso e raso, eram alterados,

Dominação.

De corpo, de mente,

Ahhh, nostalgia.

Castanhos olhos, cabelos longos,

Riso modesto, me acendia.

Lembro dos lábios beijando os lábios,

Eufórica, esquecia o mundo,

Me mordia.

Poros jorrando,

Encharcam bancos,

Um pé, uma marca,

Um para-brisa.

Zíper dourado, vestido preto,

Timidez contradiz a ousadia.

Lembro vaidades,

Recordo à tempos as fantasias.

As vontades.

Saudades.

Queria hoje, que me encontrasse, pela cidade

E o desabrochar dessa lembrança

Sem pestanejo, repetiria.

Siid
Enviado por Siid em 31/10/2019
Reeditado em 31/10/2019
Código do texto: T6783731
Classificação de conteúdo: seguro