Deusa

O gosto doce e úmido

da tua carne macia.

Estarás então embriagado,

bêbado, enquanto navegava

sobre o teu corpo nu.

Tinha medo de machuca-la,

minhas mãos eram fortes.

Mas estavam tremulas, oh,

grande medo!

Medo de derreta-las no

calor daquele corpo.

Nunca tinha visto nada

mais lindo, minhas mãos

apertava com delicadeza.

Do lado de fora o sol

a contemplar a

minha força, a enaltecer

o desejo da minha alma.

O tempo era perdido, era

esvaído, então logo depois

era a lua a apreciar

com admiração aquele corpo.

Minha vida já não me

pertencia, minha alma

era vencida.