PRIMEIRO DIA DE TRABALHO

Ali estava ela, de frente para aquele prédio todo espelhado, um entra e sai de pessoas, todos bem vestidos. Olhando para sua roupa, para certificar-se de que está adequada, para quem vai apresentar-se ao primeiro dia de trabalho.

Saia preta, lápis em cima do joelho, uma camisa rosa clara, com detalhe de babados nos botões, sapato de salto preto, um coque nos cabelos, maquiagem leve, porém marcante.

Toma fôlego da coragem que resta e entra.

Na portaria pedem identificação, depois de toda parte burocrática, ela segue para o elevador. O andar que precisa ir é um elevador privativo. Enquanto segue, mil coisas passam em sua cabeça: O que falar? Como agir, comportar? As portas do elevador se abrem e parece está perdida em seus pensamentos. Ouve uma voz firme, rouca, que voz é essa!?

Ali estava o dono daquela voz, por sinal, que dono! Não, ela não acredita que será a secretária daquele homem.

Estendem as mãos em cumprimentos: - Prazer eu sou a Fernanda. - O prazer será todo meu, eu sou o Henrique. Uma corrente de calor passou pelo seu corpo com os toques de mãos.

Um olhar sedutor, tudo em Henrique chamava atenção; Vestido com terno preto, camisa preta e um corpo que chamava atenção de todas.

Depois das apresentações, vão ao trabalho. Ela pensa: Que trabalho será ficar perto desse homem!

As horas passam. Papéis pra cá, assinaturas, telefonemas. Hora do almoço, aparece Henrique e diz ter providenciado o almoço na sala dele. Ela pensa: - Como assim? Não sabia que era costume almoçar com chefe, mas vamos lá, encarar essa tortura de ficar olhando e ouvindo esse homem sem perder a classe.

O coração dela palpitava tanto! Henrique um homem sábio, lia as reações de uma mulher. Para ele era divertido!

Ela não queria almoçar, queria ser a sobremesa, o jantar, o café da manhã daquele homem.

Perdida nos desejos, um suspiro. Claro que Henrique sorriu, era tentador, provocativo.

Falavam de tudo um pouco, o ambiente estava quente, o corpo queria mais que água fresca.

Um jogo de sedução, perguntas sugestivas. Parecia que ele ia esquivando a cada resposta.

Voltaram ao trabalho, pois já estava quase no final de expediente.

Quando pensou que ia para o elevador e curtir tudo que aconteceu naquele primeiro dia, Henrique aparece para que eles desçam juntos. O dois no elevador privativo não tem como não pensar, imaginar...

Aquele sorriso de canto, safado, sabia intimidar. A pergunta saiu sem que ela percebesse. Você sempre age assim?

Assim como? Pergunta Henrique, sorrindo como criança que fez arte.

Foi chegando perto, pegando na nuca, cheirando e beijando o pescoço e perguntando.

Ela ali, estática, ofegante, cheia de desejos, apenas sentindo aquelas mãos fortes.

O elevador para e ela preocupada. Mais uma vez Henrique sorri e diz: - ninguém está com pressa aqui. Foi logo

beijando e desabotoando a camisa de Fernanda, dando carinhos, até que ela se rende completamente.

Beija com desejo, num desespero tira a camisa e alisa aquele corpo lindo, beija, morde... A saia jogada no chão, Fernanda vai a loucura, Henrique beija as suas costas, acaricia os seios, roça o corpo... Os gemidos no ouvido, corpos encaixados, suados, contra a parede fria do elevador, sons abafados, gozo espalhado, aventura louca no elevador. Henrique pega a calcinha de Fernanda e guarda no bolso. Provocação. Diz: - Quero sentir esse cheiro todos os dias. Fernanda sai do elevador flutuando perdida nos desejos, sorrindo, olha para aquele prédio e pensa o que será de mim amanhã?

Andréa Flor

Andreaflor
Enviado por Andreaflor em 09/10/2019
Código do texto: T6765244
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