NEGRA RUBRA ROSA
NEGRA RUBRA ROSA
Chegou minha hora demoraste a
tomar-me
Já andei cuidadosa efêmera rubra
rosa
Negra pálida que atenta que palpita
que desdita
Como fêmea amiga voluptuosa
extinta
Pertenço ao mundo inebriante ao
dorso mutante
Cavalgo na carne com posses de
fantasias
De brancos flancos, de dentes caninos
te vejo
Inerte a espera espreita a hora nostálgica
demora
Seja eu pegajosa lambendo arrastando
arranhando
Ou calada subindo gemendo ferindo
felina
Um olhar turvo um cisco um nada um
tudo
Degusto teu gosto o que sei teu líquido
teu sal
Oh!! Amante com ares de rei, porque me
fiz rainha
Me tomas porque torpe ardilosa não me
esquivo
Poeta caminhas por onde traços determino
Premedito
Es engodo porque pensas o que fazes se
Antecedes
ADELE PEREIRA