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DESEJOS LIBIDINOSOS
(Sócrates Di Lima)

Chega a tarde,
No seu crepúsulo ameno,
Traz a brisa que  invade
O meu olhar moreno.

Sento-me em uma beger,
Deixo a janela aberta,
Cortinas esvoaçam como quer,
Dexando entrar a saudade de uma poeta.

Saudade de quem não vejo,
De quem há pouco chegou,
Que faz renascer o desejo,
Que também há pouco brotou.

Então fecho os olhos,
Deixo-a vir até  "Eu."...
Ela chega  e eu acolho,
Como quem pega nos braços um filho seu.

Um aperto de saudade,
Daquelas tão distantes,
Entra pela janela  sem alarde,
E me leva ás sensações de amantes.

Sinto suas mãos em caricias,
Ternura se multiplicando,
Sentindo no corpo as delicias,
Sensações me tomando.

Então cedo-me aos abraços,
De dois corpos nus  arrepiados,
Tomando no ninho seus espaços,
Em lençóis brancos perfumados.

Entreego-me ao beijos selvagens,
De desejos molhados,
Como tântricas massagens,
Ao prazer se entregando como viciados.

Inundam o ambiente  os aromas corporais,
E os corpos em vapor descondesado,
Correm e se misturam  em movimentos viscerais,
Na loucura do amor derramado.

Esparramados no ninho,
Na intensidade do desejo,
Ternura e carinho,
na continuidade do beijo.

E na vontade que se espalha,
Até alcançar os prazeres proliferantes,,
Cada corpo entre si se agasalha,
Unindo a mútua explosão de dois amantes.

Então a tarde se debruça,,
Em olhares voluptuosos,
Se mistura e  aguça,
Nos desejos  múltiplos libidinosos.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/07/2019
Código do texto: T6702181
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