LIBIDO E POESIA
(Sócrates Di Lima)
A libido é volúpia,
é sensualidade expressa,
Não é utopia,
O homem romantico não tem pressa,
Faz do amor uma magia,
Prepara a mulher para o ato,
no compasso do amor,
na busca do prazer,
Não é um efêmero ato,
E nem precisa pudor,
É um modo de bem querer.
O bom apreciador,
Das intimidades de uma mulher,
aprecia sua sensualidade,
sua sutil discrição,
mais vale a surpresa,
de toda possibilidade,
De alcançar o que se quer,
com intensa emoção,
E especial sutileza,
do que a exposição sem limites
em nome da suprema liberdade,
o que desmitifica a beleza,
e leveza.
Dou valor imensurável
a uma mulher e suas insinuações,
sem aquela vulgaridade,
envolvida
apenas do côncavo e do convexo,
na busca apenas da satisfação do sexo.
O homem virtuoso,
valoriza cada movimento,
cada toque manhoso,
uma taça de vinho,
e uva in natura,
mordida nos lábios,
doce loucura
num deslize de uma pedra de gelo,
com zelo,
sem receios,
por sobre os mamilos e seios..
sentindo no sabor da lingua,
naquela sensação a mingua,
na maciez da uva,
acariciada pelos lábos da vulva
no cadenciar voluptuoso
louco e fogoso
daquilo que se chama sentimento,
para ter tudo o que quiser,
o homem sente o infinito prazer
de estar,
ficar
e amar
nos braços de uma verdadeira mulher!