UM SÓ
UM SÓ
Tornei-me generosa quando acendeu
a centelha do amor
Ao abrir meu peito abrasou o meu ser
antes feito de dor
Na incerteza de espera em planícies de
pedras em sol escaldante
Neste corpo febril teu templo, aguardo
com portas abertas
Em um mundo de faz de conta, que não
houvesse lonjuras
O fogo uma tênue espessura, e a altura
rasa e plana fosse
Minha lucides consiste no embriagar-me
de você
E no excesso de minha loucura, me abro
ao meio como carrancas
Como nas proas das embarcações nos
cais atracadas
Alma de minha vida estatizante louca
poética amante
Dar-te-ei descanso de corpo mesmo
faminto por mim
Más tua alma vagueia a querer- me, a tocar
minha boca
Ao sentir minha derme onde eu sou eu
e seremos um só
Onde o tempo e metafisicamente
irreversível fracionário
💞🖋️
Adele pereira
15/07/19