ETERNAS MANHÃS
Venha...
Traga-me teus olhos semi cerrados
Como a contemplar o poente
Neles percebo, nascituro de prazeres noturnos
Morte de minhas dores
Prenúncio em ser vida, no acolhimento de seu abraço
Vejo-me colhendo as flores em jardim de tua tez
Aromas que despertam a lascívia
Meus dedos emprestam habilidade de menestrel
Tocam em suave frenético o alaúde de tua carne
Espreitam paciente, o cântico de sua voz em êxtase
Nesse momento sou coro afinado
Das canções noturnas faremos tema
De uma tangível felicidade
No renascer de nossas eternas manhãs.