Suor de mulher
Pudesse eu ser manhã, dessas manhãs de inverno
Invadiria seu quarto, ainda coberto de sono despiria você por completo
Pra tomar em minhas mãos o seu fruto em abandono
E levá-lo a meus lábios...Ai! meu Deus, como o quisera!
Despertá-la do sono e levá-la ao prazer do amor.
Escorrer minhas mãos entre seu rosto e acarinhar sua pele .
Fazer de você uma mulher amada, deseja.
Quero ser o suor que, escorre pelo seu corpo.
E meus lábios entreabertos, mordiscariam seu pomo
E a língua doce e morna, ao pincelar sua haste,
Convidaria sedenta pra habitar o meu domo
E nele deixar seu mel...Ai! meu Deus, que isso me baste!
Mas seu fruto, meu amor, já na minha boca cresce
Minha língua se contorce a sugar todo o volume
Minha flor, bem orvalhada, suplica que se apresse
Desce no canto da boca, um fio de sumo doce
No quarto sumo e orvalho exalam cio-perfume
Flor e fruto se encontram...Ai! meu Deus...ela é demais