Cortes

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Cortes

Acordei cheio de sentidos,

sentindo amores.

Sinto saudade

da tua boca no meu corpo;

das minhas mãos no teu dorso.

Hoje, a carência faz sentido...

Sinto na alma a tua ausência,

- nos sussurros

da pele

e dos teus gemidos.

Viajei no delírio

das intenções não reveladas,

das posições que nos cruzamos...

E das pegadas também.

Autorizei cada ilusão.

Hoje, justamente hoje,

não estamos nos sentindo:

bocas distantes, corpos quentes;

pulsações que só fazem sentido

apenas quando estamos a dois.

Crato-CE, 20 de maio de 2019.

09h28min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/05/2019
Código do texto: T6651684
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