Segundo andar

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Segundo andar

Cá estou,

ao rés do chão,

contemplando tua beleza altiva,

enquanto vagam, junto a ti,

meus tenebrosos pensamentos,

imaginando tua pele nua.

Cá estou,

no andar dos súditos,

duvidando do que já cativas;

ensaiando versos, de per si,

vigores do tormento

angustiante de te ver na rua.

Não estais aqui,

no cativeiro dos sonhos,

compartilhando da minha ilusão.

Sangro em devaneios e desejos,

sob a perspectiva hipotética

de um simples toque teu.

Não estás aqui,

no porão das trocas...

Teu olhar não se volta para o chão.

Crio cenas, paisagens e sussurros,

imaginando da tua boca os urros

provocados pelos lábios meus.

Crato, 13 de maio de 2019.

15h57min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 13/05/2019
Código do texto: T6646215
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