Da janela
Da janela do meu quarto te vejo
vejo as curvas do teu corpo quente
o espaço entre tua permuda e tuas cochas à mostra
e suspiro... para evitar que o que vejo me sufoque.
Fico olhando com olhos de fome
esperando que perceba meu olhar e me mate de desejo.
Mas você não pode me ver,
estou por demais escondida dos teus olhos
enquanto com tesão de louca te vejo.
Nossa! Esse teu olhar.
Que olhos são esses que mesmo não me vendo, me penetram?
Que boca é essa que me faz abrir a minha só de imaginar?
Imaginar tua língua a me penetrar.
penetras minha boca, minha pele, meu tudo.
E continuo aqui te revirando só de olhar
tentando ver além,
além da camisa que esconde teu peito, pêlos
deve ser cheiroso, macio e quente.
Enxergo embaixo da bermuda, minhas mãos invadem tuas pernas
chego na tua virilha.
Nossa!
Quente...
Como imaginei.
Encontro teu sexo... teu desejo... teu cheiro... tua sede.
E continuo aqui, só te despindo com o olhar.
A vontade de morder esses lábios fez minha boca salivar
e soltar um gemido, com sede de te beijar.
Corpo estende-se no sofá
não dá para continuar
um calafrio toma conta de mim.
Um desejo tão louco que chego a chorar.
Como pude ficar assim, tão enfeitiçada
tão dependente desse olhar?
Não preciso mais da janela, nem do olhar
fecho as cortinas, corpo estendido
olhos fechados.
Minhas mãos agora são suas
meu desejo prefere se enganar do que não te amar.
Sussurro teu nome baixinho
falo frases desconexas e apaixonadas.
Enquanto minhas mãos invadem o que é teu
invadem com sede cada pedacinho do meu Eu
do meu doce e quente Eu.
Passeiam por entre curvas de desejo pleno
por sobre montes onde jorram mel,
por frendas quentes, úmidas e macias
até encontrar a fonte do prazer
e fazer jorrar, já sem forças
todo mel que estava a te esperar.
Volto à janela
mas não encontro teu olhar.