POESIA...FINGE O PRAZER QUE SEM
Mãos que se despetalam
Em sinuosas linhas ofegantes.
Relevos eriçados pelo desejo,
Desenho de lábios na pele nua.
Luxúria do sol no bronze-canela,
Vermelho escarlate, boca sensual.
Convite à caverna, fenda iluminada...
Lençóis de linho, areia úmida, luar...
Uma nuvem encobre a luz prateada...
Descortina-se o véu do êxtase...
Acima, o céu...abaixo, o paraíso...
Que serpente que nada...
O suor grudando corpos é legítimo...
A maçã sacia a fome e a sede...
Faz-se a calma, suave, mãos entrelaçadas...
Os seres nomeiam o sentimento:
É amor, paixão, sexo, religião...
09/03/2019