Viagem

Refém das horas fugidias

Longe demais onde meus olhos não podem ver-te

Anseio tocar teu corpo onde tantas vezes

Meu corpo fez morada.

Feito um cometa a cruzar os céus

Quero correr pra ti.

Embrenhar-me em teu corpo, teus pelos, suores e cheiros

Desvairadamente perder-me em ti

Apaziguar meu corpo desaguando em tua boca.

No ápice dos mais insanos desejos

Encontrar minha paz.

E no silêncio que segue os gritos luxuriantes do prazer que me dás

Ouvir meu coração, ainda em sobressalto, chamar teu nome, poeta.