AMOR VIRTUAL
(Sócrates Di Lima)
Faço-te amor,
Tenho-te amor,
real ou virtual,
sem dor,
sem pudor.
Amor divino,
entre taças de vinho,
imaginárias ou não,
um leito em lençóis brancos,
regado a petalas de flores,
a meia luz.
Olhos fechados,
imaginação viajante,
trazendo para perto,
o corpo distante...
a voz suave,
lasciva, também,
sentindo calor,
apenas no pensar,
mãos que afagam,
corpos imaginários,
queimando feito vulcão,
em lavas de tesão...
e na medida de sua evolução,
os labios não aguentam,
e lançam gemidos extremos,
que fazem as pernas tremerem.
E na loucura do desejo,
o prazer explode,
e jorra,
sem se quer, dar-se um beijo,
na carne....
Numa distância sem igual,
Num intrépido amor virtual.